Como no poco da morte
como no poco da morte
a gente roda e gira e gira
a gente joga tudo
a gente arrisca a vida
a gente roda e gira
rumo a terra prometida
e quando la chegamos
ja a encontramos revolvida
a terra que sempre se desejou
e que se deixa de reconhecer
no dia em que se vai p'ra la morar
Mas como se costuma dizer
tem que ser
porque parar, nunca
Ficar parado
Antes o poco da morte
que tal sorte
Como no poco da morte
como no poco da morte
a gente roda e nos ouvidos
os motores vao formando melodias
cantadas logo em coro
P'ra conjurar avarias
que os motores nunca falhem
que esta vida sao dois dias
sao viras e sao rocks e sao hinos
que a gente deixa de saber de cor
no instante que se acaba de cantar
Mas como se costuma dizer
tem que ser
porque parar, nunca
Ficar parado
Antes o poco da morte
que tal sorte
Como no poco da morte
como no poco da morte
a gente gira contra ventos e mares
e tempestades e tornados
como os miudos teimam
em ficar acordados
e lutam contra o sono
com os olhos arregalados
assim nos tambem p'ra la da fadiga
giramos acordamos e dizemos
eu tenho a morte toda p'ra dormir
Mas como se costuma dizer
tem que ser
porque parar, nunca
Ficar parado
Antes o poco da morte
que tal a sorte
Como o poco da morte
como o poco da morte
a gente roda e gira e queima o tempo
e queima gasolina e queima etapas
a gente puxa o brilho
aos motociclos e nas chapas
reluzem nossos fatos
nossas botas, nossas capas
e com a certeza ja de estontearmos
ligamos os motores um dia mais
E vai de roda e gira sem parar
Mas como se costuma dizer
tem que ser
porque parar, nunca
Ficar parado
Antes o poco da morte
que tal sorte